segunda-feira, 19 de julho de 2010

Painéis reconfiguráveis irão equipar carros no Brasil em até 3 anos.

Daqui a dois ou três anos, estimam os especialistas, os veículos que circulam no Brasil poderão substituir o painel de instrumentos por um display de LCD reconfigurável. O motorista poderá mudar a apresentação gráfica e escolher as informações que quiser ver, como consumo de combustível, conta-giros, temperatura, tensão das baterias e o ângulo de inclinação (o velocímetro é obrigatório por lei). É possível escolher as cores de fundo, um desenho e até alterar a fonte das letras e dos números.


De acordo com Iaran, a Continental já está preparada para atender essa nova demanda no Brasil, com projetos já em fase final de desenvolvimento. Eles levam em conta os softwares, a instalação e o suporte. “Em função dos inúmeros recursos que oferece, essa tecnologia custa atualmente até três vezes mais do que o painel convencional, mas a tendência é que com a demanda, os preços abaixem gradativamente até chegar aos modelos de entrada”, diz Iaran.
A Magneti Marelli também tem um software pronto com quatro opções de configurações pré-definidas que podem ser escolhidas pelo motorista. A primeira traz indicações analógicas do velocímetro, do conta-giros, do relógio, do marcador de temperatura e do nível de combustível que podem estar disponíveis em um fundo azul (Classic Blue) ou vermelho (Classic Red).


“Agora estamos desenvolvendo um novo software que permitirá mudar o fundo do quadro com uma figura ou uma foto - como um desktop de computador -, terá mais opções de cores e irá interagir com o sistema GPS e com o aparelho celular”, diz o engenheiro de desenvolvimento da Magneti Marelli, Jean Lanssoni.
Apesar de ser semelhante a uma tela de computador ou de celular, a tecnologia empregada nos painéis de instrumentos reconfiguráveis é muito mais complexa, já que o dispositivo tem que ser resistente a altas temperaturas, vibrações e transmitir os dados em tempo real. “Por isso, o desenvolvimento não é tão simples, o que encarece o projeto e restringe a produção, mesmo nos países mais desenvolvidos”, afirma o diretor do comitê técnico da SAE Brasil, Ricardo Wetzel. “No Brasil a tecnologia está pronta, agora cabe às montadoras a decisão de adotar ou não em seus modelos.”

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